segunda-feira, 4 de agosto de 2025

 Quem é você?

Autor: Sid Fontoura.


Você certamente já ouviu dizer que temos que nos adaptar as determinadas circunstancias e locais, para vivermos harmoniosamente no âmbito social. E para isto, desenvolvemos um arquétipo chamado persona. Que nada mais é, que a máscara comportamental que usamos para viver em sociedade. Ela representa o papel social que aprendemos a desempenhar.
A persona não é algo ruim, na verdade, é essencial para convivermos em grupo. É na verdade, como o mundo nos conhece, como nos apresentamos profissionalmente, como pais, filho, amigo, etc. E enquanto for somente isto, não tem problema.
Mas ele se torna um problema, quando identificamos e assumimos o persona como real e verdadeiro. É aquele momento em que acreditamos que somos aquilo que personificamos, perdendo totalmente o contato como nossa verdadeira personalidade, nos tornamos um mero personagem representativo. E por trás do nosso persona, existe algo bem mais profundo, nossas emoções reprimidas, desejos ocultos, a sombra no nosso inconsciente. Tudo pode aflorar quando o persona assume o domínio total sobre nós. Julgamos então ser outro, que não nós mesmos.
Quando assumimos este comportamento como nossa identidade, podemos ter sérias consequências ao tentar superar certas situações. Tais como a demissão de um emprego, o término de um relacionamento, a perda de uma pessoa muito próxima, tudo pode desmoronar em segundos, pois não podemos alicerçar nosso sentimento no persona, pois ele é apenas uma máscara, é fictício.
O persona, ou máscara, se faz necessário para vivermos em sociedade, mas ele não pode, em hipótese alguma, substituir nosso verdadeiro EU. Caso contrário, estaríamos transformando nossa vida em uma representação, e isto causaria um desiquilíbrio de comportamento.
Quanto mais a persona aderir à pele do ator, mais dolorosa será a operação psicológica para despi-la, quando se tira a máscara aparece uma face desconhecida. Será visto nosso lado escuro onde moram as características que nos desagradam e até mesmo nos assustam. .

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