sexta-feira, 4 de julho de 2025


 

Tão CedoSid Fontoura.


Da janela observo
Em silêncio
Tua silhueta a caminhar.
Bela e encantadora,
Por entre os lírios.

O gracioso balé
Dos lírios tocados pela brisa
Como a reverenciar tua candura,
Tua meiguice, teu divino olhar,
Teu sorriso enternecedor.

Caminhas com delicadeza
A acariciar as flores com tuas mãos
Devolvendo a elas o carinho
Ao circundarem teu corpo,
Dando-te o aconchego da natureza.
E o caminho vai abrindo-se
Como a convidar-te
Para transformar este momento
Em algo divino.

E da minha janela,
Minha tão pequena janela,
Uma mansidão me envolve.
E agradeço a Deus,
Por me permitir um momento tão belo,
Tão puro,
Embora ainda não entenda,
Porque ele a tirou de mim,
Tão cedo.

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