quinta-feira, 17 de julho de 2025

 


NÃO TENTES ADIVINHAR MINHA VIDA!

( não falo de mim, mas sim de todos nós)
(Celso Ferruda )

Vasculhes o mundo, saberás de mim.
Se tentares adivinhar minha vida,
Diga-me primeiro, onde caminhei
Quais foram as pedras que tropecei
Quais foram os espinhos que pisei.

Diga-me com tua bondade, visionária,
Quanto até hoje ganhei, quanto perdi.
Diga-me, o dia da sorte e quanto irei ganhar...
Diga-me onde nasci, e qual foi a hora,
Se foi uma parteira ou doutor quem assistiu...
Faças um favor para mim:
Diga ao mundo quem estava presente...

Não tentes adivinhar minha vida,
Sou um cigano, que vivo pelo tempo.
Aprendi com o sol e a lua, carregar sentimentos.
Minha estrada é cheia de flores,
Apesar de teus entendimentos.

Teu entendimento, traduz tua vida.
O que sabes de ti?...
Não queiras saber da minha vida!
Ando de passos firmes, e pés no chão.
Meus pensamentos ainda sábios têm lições.
Presto a dizer-te, conheça-te!...
Por que queres adivinhar minha vida?
Se nem eu mesmo sei, o depois...

Tropecei em muitas pedras no meu caminho.
Mas foi nos corações que encontrei penhascos.
Foi em mentes que descobri precipícios.
Foi em línguas que descobri punhais.
Mas acredite, devo agradecer as ribanceiras,
Aos íngremes caminhos e as emboscadas.
Estas deram-me ofícios e faculdades,
Proporcionaram-me doutorados contra
Miseráveis pensamentos e suposições.

E me deram a alegria maior:
Estar compartilhando meu saber,
Sem tentar adivinhar teu viver,
Mas espalhando amor nos corações,
Por que minha missão é fazer sempre alguém feliz
Assim como te quero também, vivendo tua vida
Olhando dentro de ti, no teu coração...
Siga feliz... Boa tarde!

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