sábado, 17 de maio de 2025



Identidades Mutáveis / Sid Fontoura

A busca do verdadeiro eu, explora a relação entre a neurociência e filosofias orientais e sugere que a identidade não é fixa, mas sim uma construção mental em constante mudança. Ao reconhecer essa ilusão, abrimos caminho para uma vida mais leve e autêntica. Assumimos quem realmente desejamos ser.
Olhe no espelho e você poderá ver sua aparência física, mas por trás da superfície existe algo muito mais interessante. Cada vez que você cruza os olhos com seu reflexo, sabe exatamente quem está olhando para você. O senso de identidade é inconfundível. É tão inerente ao ser humano que muitas vezes deixamos de percebê-lo. No entanto, a autoconsciência é um dos maiores mistérios da mente.


Como surgiu e para que serve?


A questão da identidade pessoal tem sido uma das mais intrigantes na história da filosofia. Desde os antigos gregos até os pensadores contemporâneos, a pergunta “Quem sou eu?” desafia nossas noções de consciência, permanência e mudança. A identidade parece ser ao mesmo tempo uma característica fundamental de nossa existência e uma ilusão escorregadia que se desintegra sob análise rigorosa.


Os filósofos pré-modernos já refletiam sobre a natureza da identidade. Platão, por exemplo, acreditava na imortalidade da alma e na preexistência das ideias. Para Platão, a identidade pessoal estava intimamente ligada à alma imortal que abrigava o verdadeiro conhecimento. Aristóteles, por outro lado, introduziu a ideia de substância, onde a identidade era vista como uma continuidade de essência ao longo do tempo, mesmo que a aparência externa mudasse.
Mas a realidade é que durante o curso de nossa vida, assumimos várias identidades comportamentais, de acordo com nossa evolução. Identidades mutáveis, mas necessárias.


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