terça-feira, 28 de janeiro de 2025

 


GENTE / Liti Belinha

 

Tem gente demais, minha gente, tem gente demais.

 

Tem gente nascendo. 

Tem gente morrendo. 

Tem gente amando. 

Tem gente odiando. 

 

Tem gente demais nas cidades.

Atropelam-se uns aos outros sem felicidades. 

Tem gente nas favelas. 

Triste vida a delas.

 

Tem gente destruindo matas.

Tem gente matando animais. 

Tem gente matando outra gente. 

 

Tem gente nos oceanos estudando outros anos. 

Tem gente que só viaja de avião. 

Tem gente que vive em galpão.

Tem gente no espaço em busca de espaço. 

 

Tem gente que ama máquinas. 

Tem gente que morre pelas máquinas. 

Por doença não morre o vivente.

Morre por acidente. 

 

Para onde vai toda esta semente, minha gente, toda esta gente?

 

(Poema de Liti Belinha - Natal - 2024)

 


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