Na forte lembrança do amor / Paulo Vargas
Quando os galhos abanam ventos sazonais
as lembranças de outrora trazem brisas tuas
tantas estações sentimentais não banais,
configuradas no infinito das tais luas.
Nostálgicas brisas trazem teus doces beijos
no catre amoroso do tempo que vivi
a mística lua dava luz aos desejos
quando nos teus braços, sentia-me um guri.
Estrelas confidenciam o confidenciado
nas retinas do meu saudoso coração
um passado-presente, presente-passado
quando o nosso mundo era só uma canção.
Hoje, a lágrima é uma cascata de outrora
onde no meu coração, banho-me de amor
no bojo da lembrança que em mim ainda aflora,
mergulhando madrugadas com esta flor.
Hoje, a geada acostou no escasso cabelo,
porém, não branqueou a lembrança vivida
que a consciência do tempo guarda com zelo
a linda colheita do amor da minha vida.
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