O Incômodo de pensar / Sid Fontoura
O filosofo Platão, quando escreveu A República,
criou uma metáfora que esta atual até os dias de hoje. A humanidade, em sua
maioria, vivem como estivem prisioneiros em uma caverna, tendo ilusões como se
fossem sombras, e tratando-as como fiel realidade.
Nos dias atuais, nossa caverna de sombras e
ilusões chama-se: Algoritmo.
A busca pela verdade foi substituída pela resposta
imediata. Like, muitas curtidas, centenas de compartilhamentos.
Tudo impulsionado pela necessidade de ser
imediato, sem ao menos se ter a preocupação com o conteúdo. Entende-se ser mais
cômodo seguir a opinião de outros, do que ter que pensar sobre o assunto. E
automaticamente, aquilo torna-se também, a nossa opinião.
No livro A rebelião das Massas, de Ortega e
Gasset, ele descreve o surgimento de um novo tipo de metodologia para o ser
humano. Alguém que rejeita veementemente tudo que pareça ser complexo. Surge o
homem que não lê, não investiga, não duvida de nada, mas acha-se capacitado a
ensinar, doutrinar e opinar sobre tudo.
É a falência da estrutura do pensamento, a língua
mãe reduzida a chavões e gírias, faz desmoronar a capacidade de argumentação.
E sem argumentação, não existe o diálogo.
Sem o diálogo não existe a comunidade.
E sem o envolvimento da comunidade, não existe
cultura.
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