domingo, 22 de junho de 2025



 O Incômodo de pensar / Sid Fontoura



O filosofo Platão, quando escreveu A República, criou uma metáfora que esta atual até os dias de hoje. A humanidade, em sua maioria, vivem como estivem prisioneiros em uma caverna, tendo ilusões como se fossem sombras, e tratando-as como fiel realidade.


Nos dias atuais, nossa caverna de sombras e ilusões chama-se: Algoritmo.
A busca pela verdade foi substituída pela resposta imediata. Like, muitas curtidas, centenas de compartilhamentos.


Tudo impulsionado pela necessidade de ser imediato, sem ao menos se ter a preocupação com o conteúdo. Entende-se ser mais cômodo seguir a opinião de outros, do que ter que pensar sobre o assunto. E automaticamente, aquilo torna-se também, a nossa opinião.


No livro A rebelião das Massas, de Ortega e Gasset, ele descreve o surgimento de um novo tipo de metodologia para o ser humano. Alguém que rejeita veementemente tudo que pareça ser complexo. Surge o homem que não lê, não investiga, não duvida de nada, mas acha-se capacitado a ensinar, doutrinar e opinar sobre tudo.


É a falência da estrutura do pensamento, a língua mãe reduzida a chavões e gírias, faz desmoronar a capacidade de argumentação.


E sem argumentação, não existe o diálogo.


Sem o diálogo não existe a comunidade.


E sem o envolvimento da comunidade, não existe cultura.

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