O acadêmico Felipe Kuhn
Braun lançou seu livro sobre os 200 anos da imigração alemã em nosso país, na
Fundação Ernesto Frederico Scheffel, em Hamburgo Velho, Novo Hamburgo. A obra é
bilíngue, em Português e Inglês, possui 320 páginas e mais de 100 fotografias
antigas do acervo pessoal do autor. Parabéns, Felipe, por esta obra que tanto
contribui para a compreensão do Brasil, da Alemanha e da imigração!
TÍTULO DA OBRA: “200 ANOS
DA IMIGRAÇÃO ALEMÃ NO SUL DO BRASIL”
Enfim aprendi /Aida Pietzarka
Aprendi! Enfim
aprendi.
A tirar o melhor
proveito de qualquer situação, a aproveitar tudo de bom que cada momento me
proporciona, a voltar o olhar para o lado ensolarado em todas as ocasiões.
Viver com leveza,
amar o simples, desapegar dos problemas, comer a melhor comida, tomar o melhor
sorvete, sentar na janela e apreciar o vento acariciando meus cabelos.
Recentemente fiz uma
limpeza no meu roupeiro, tirei todas as roupas apertadas, difíceis de colocar,
de tecidos que não são gostosos de vestir.
Fui até o armário
dos calçados, tirei os saltos desconfortáveis, os apertados, os com cadarços
difíceis de amarrar. Só ficaram os confortáveis, macios e gostosos de usar.
Chega de sofrimento,
apertos, desconforto, para estar dentro dos padrões, quero liberdade, leveza e
conforto.
De agora em diante eu
sou a prioridade, meus desejos são os mais importantes, só o que me faz bem é o
que importa.
Me tornei egoísta? Pode
ser.
Entendi que quando
eu estiver num leito de hospital, ninguém irá se oferecer para tomar o meu
lugar.
Na forte lembrança do amor / Paulo Vargas
Quando os galhos abanam ventos sazonais
as lembranças de outrora trazem brisas tuas
tantas estações sentimentais não banais,
configuradas no infinito das tais luas.
Nostálgicas brisas trazem teus doces beijos
no catre amoroso do tempo que vivi
a mística lua dava luz aos desejos
quando nos teus braços, sentia-me um guri.
Estrelas confidenciam o confidenciado
nas retinas do meu saudoso coração
um passado-presente, presente-passado
quando o nosso mundo era só uma canção.
Hoje, a lágrima é uma cascata de outrora
onde no meu coração, banho-me de amor
no bojo da lembrança que em mim ainda aflora,
mergulhando madrugadas com esta flor.
Hoje, a geada acostou no escasso cabelo,
porém, não branqueou a lembrança vivida
que a consciência do tempo guarda com zelo
a linda colheita do amor da minha vida.
Lâminas
/ Sid Fontoura.
Durante a noite, na solidão do meu quarto, tento,
mas sem sucesso, um minuto de paz, um equilíbrio entre meus sentimentos, e
minha realidade. Mas a escuridão é cruel, e com ela vêm as lâminas pungentes e
invisíveis da mente, trazendo tudo aquilo que desejamos esquecer.
Os olhos abertos, mas sem nada ver, se turvam
pelas lágrimas, que aos poucos brotam, sem que possa controlá-las, e com elas,
aquele sentimento de abandono, de desespero.
A respiração se acelera, o corpo se contrai, os
braços circundam as pernas e o rosto quase recai sobre os joelhos, em um gesto
de completa servidão, indefeso, enquanto as cruciantes lâminas, vão aos poucos,
dilacerando meu coração, e o fazem sangrar.
Sinto-me envolto pela tristeza, mágoa, remorso, e
o manto da infelicidade cobre-me por completo.
Mas meu coração, teimoso que é, mesmo em pedaços,
não deixa de bater, resiste, persiste. Parece que naquele momento, ele roga por
uma redenção, que possa tirar-nos deste tormento.
A noite caminha lenta, perdurando minha angústia.
E quando amanhece.
A profunda tristeza se esvai, sem ao menos notar,
meus olhos tristonhos, em um canto do quarto, até
o sol raiar.
18 de abril – Dia Nacional do Livro Infantil
Você sabia que o Dia do Livro Infantil é comemorado em 18 de abril? A data celebra o nascimento de Monteiro Lobato, um dos maiores autores da literatura infantil brasileira e criador do encantador Sítio do Picapau Amarelo.
Lobato acreditava que um país se constrói com leitores — e que esse hábito começa na infância. Por isso, nada mais justo que dedicar um dia especial aos livros feitos para os pequenos, aqueles que despertam a imaginação, ensinam com leveza e marcam para sempre o coração.
Neste 18 de abril, que tal escolher uma história para ler com uma criança? Aqui vão algumas sugestões cheias de encanto e sensibilidade:
Ler para uma criança é plantar sonhos, palavras e memórias que duram a vida toda.
Foi um momento para relembrar os primeiros escritores brasileiros, aqueles que ajudaram a construir os alicerces da nossa literatura. Um passeio pela vida e obra de autores que marcaram época e deixaram contribuições valiosas — desde os tempos coloniais até os primeiros movimentos literários com identidade própria.
Quem participou saiu com a bagagem cultural mais rica e, claro, com vontade de ler ainda mais.
Literatura é isso: uma ponte entre o passado e o presente, feita de palavras que atravessam gerações.
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NA SEDE DA ALVALES - Academia Literária do Vale do Rio dos Sinos, no ano de 2025.
A vida da poesia / Paulo de Vargas
A poesia está pulsando,
bem no ventre da inspiração,
numa certa lapidação,
na célula de uma linguagem,
para cumprir a sua viagem,
na fonte do bom misticismo,
e, na função do idealismo,
para transmitir a mensagem.
Pronta para ser batizada,
na boa amplidão poética,
figurará com sua estética,
florindo com os seus valores,
qual mundo mágico das flores,
para fixar nuns pergaminhos,
e que terá por seus padrinhos,
os bons olhares dos leitores.
E, passará por mil olhares,
de críticos e apreciadores,
quem sabe por declamadores,
ou na voz de um grande talento,
viverá livre como o vento,
no mundo da boa utopia,
até o seu derradeiro dia,
ficando para o esquecimento.
Outono de 2025
ESTÂNCIA VELHA-RS
OFICINA
"CONVERSA LITERÁRIA"
No dia 17/4/2025, sob a coordenação do acadêmico Ivânio Habkost, haverá a
oficina "Conversa Literária".
Tema: História da Literatura Brasileira, livro base História da
Literatura Brasileira, de Luciana S. Picchio.
Parte I: Linha do tempo dos escritores brasileiros de Pero Vaz de
Caminha a Machado de Assis.
Esta primeira parte visa a despertar a curiosidade dos acadêmicos nos
diferentes temas e propiciar perspectivas para que sejam desenvolvidas novas
palestras pertinentes à literatura brasileira.
Local: Sala de Reunião da
ALVALES
Horário: 15h30 ÀS 16h30min
Não é necessário que o participante leia a obra com antecedência.
Oficina do dia 5/6/2025
Apresentação: acadêmica Liti
Belinha
Temas: Primórdios da ALVALES
E Luís de Camões
Local: Sala da ALVALES
Horário: 15h30 às 16h30min
DATAS RESERVADAS PARA O SEGUNDO SEMESTRE:
Datas reservadas aos acadêmicos que queiram
apresentar sua conversa literária. As inscrições devem ser feitas pelo WhatsApp
ao coordenador, ou na secretaria da ALVALES.
O tema deverá ser apresentado com 15 dias de antecedência para que se
possa divulgar e convidar as pessoas interessadas em participar.
DATAS DISPONÍVEIS:
7/8/2025 -
16/10/2025-
4/12/2025-
Local: em princípio, na sala da ALVALES, mas com a possibilidade de
deslocamento para outros locais.
Vida em Loop / Sid Fontoura
Vida em loops infinitos ( viver
repetidamente buscando um objetivo) No dicionário informal, loop é uma
repetição automática de ocorrências, o velho e conhecido andar em círculos.
Mas, qual o motivo de repetirmos sempre o mesmo padrão de comportamento diante
de uma situação?
Os loops infinitos ocorrem
quando a condição programada dentro do laço de repetição nunca é satisfeita,
com isso a rotina continua sendo executada repetidamente e “eternamente”
buscando satisfazer a condição programada. Time loop' (em português: laço
temporal ou loop temporal) é um enredo comum na ficção científica
(especialmente em universos onde a viagem no tempo é comum), onde um
determinado período de tempo (como algumas horas ou alguns dias) se repetem
várias vezes.
Em
1964, o cientista alemão Kusheo Lien criou o conceito de laço temporal – ou
loop temporal. Logo, a ideia de ter pessoas presas em um determinado espaço de
tempo que se repete várias vezes tornou-se comum em obras de ficção científica.
No cinema, o assunto foi abordado várias vezes em filmes sobre viagens no
tempo. Além disso, o tema inspirou várias histórias de terror, suspense e até
mesmo roteiros de comédias românticas.
Várias teorias da física
defendem a possibilidade de ocorrer um imprevisto em todos os fenômenos da
natureza; esse fenômeno imprevisível pode ocorrer também na linha da curva do
tempo. A Teoria do Caos traça a possibilidade de ocorrências imprevisíveis
denominada Efeito Borboleta. A Teoria da Gravidade Quântica em LQG (Loop
Quantum Gravity) defende a possibilidade de haver um “loop” na curva do tempo.
Lembrem-se de que a Física é o laboratório da vida. Se todas as teorias são
comprovadas e elaboradas pelas Leis da física é porque todas são possíveis de
ocorrerem na vida real, “in vitro” e “in vivo”.
O Momento Caramelo/ Carmen Regina T. de Quadros
Há momentos em que a vida nos coloca isolados,
Num telhado alto, como Caramelo ficou, onde a tempestade grita.
O mundo parece desabar ao redor,
E nos perguntamos: até quando a dor nos limita?
É nesse silêncio sombrio que nasce a coragem,
No fundo da alma, onde o medo se esconde.
Como Caramelo, que permanece firme e erguido,
Nós também encontramos forças onde ninguém responde.
A água sobe, o vento é forte e rude,
Mas a bravura cresce, silenciosa e fiel.
Enfrentamos, sozinhos, o que a vida nos exige,
Com um coração tranquilo, embora o cenário seja cruel.
E quando a chuva se vai e o sol retorna,
Percebemos que, apesar da dor, sobreviver foi um ato de amor.
A brisa alvissareira/ Paulo
de Vargas
Quando a brisa alvissareira traz
notícias suas,
o silêncio da espera se rompe em
aflição,
minhas retinas redesenham as tantas
luas...
Estrelas confidentes do anoitecer,
madrugada soluça com o coração,
numa utopia que o amor venha
florescer.
Outono de 2025
ESTÂNCIA VELHA-RS
Trabalho
maravilhoso realizado pela acadêmica Nícias Dória M. Schutz, na manhã
chuvosa do dia 1º de abril de 2025, visitando escolas da região e fechando
parcerias para os momentos de leitura e apreciação da literatura Alvaleana.
Nova parceria com a Escola Estadual Jair Foscarini, e com a Escola Irmão Nilo, ambas no bairro Boa Saúde.
Literatura, memória e partilhas: Carmen Regina na Start Comunicação A professora e escritora Carmen Regina T. de Quadros participou recen...
